Quais os segredos da Suíça que a levaram a figurar, pela 13a. vez consecutiva, como líder global do Índice Global de Inovação (GII) de 2023?
Neste artigo, vamos explorar os quatro principais pontos que destacam o país Europeu como líder em inovação, buscando oferecer insights e melhores práticas para empreendedores, inovadores, acadêmicos, governos e líderes brasileiros em suas jornadas para colocar a inovação em prática em seus negócios, nas universidades, nos hubs de inovação e na administração pública, trazendo desenvolvimento social e econômico.
O Índice Global de Inovação (Global Innovation Index – GII) tem por objetivo melhorar a medição da inovação, a fim de fornecer uma imagem mais completa dos ecossistemas de inovação em todo o mundo.
Desde a sua criação em 2007, o GII moldou a agenda de medição da inovação e tornou-se uma referência para a elaboração de políticas econômicas, com um número crescente de governos a analisar seus resultados anuais e a conceber políticas de inovação baseadas em evidências para melhorar o seu desempenho.
No contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), desde 2019, o GII é reconhecido pelo
Assembleia Geral das Nações Unidas como referência para medir a inovação, inclusive mais recentemente no período pós-pandemia ambiente.
O Global Innovation Index é conduzido pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO)
A posição do Brasil no Índice Global de Inovação (GII) melhorou nos últimos anos, passando da 62ª posição em 2020 para a 54ª posição em 2022, sendo que em 2023 alcançou a 49ª posição, sua melhor posição histórica.
Na América Latina e Caribe, o Brasil lidera pela primeira vez, seguido pelo Chile (52º)e México (58º).
Esse resultado é fruto de políticas e ações de governos, universidades e empresas que estão se unindo para criar ecossistemas de inovação robustos e atuantes que impulsionam a inovação em nosso país.
A CNI e o MEI estão conscientes da importância de medir a inovação para viabilizar políticas eficazes, alcançar resultados sólidos desempenho em atividades relacionadas à inovação e promoção do desenvolvimento social e económico. Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI)
Entendendo os fatores que levam a Suíça a se manter na liderança do Índice Global de Inovação podemos, cada um em sua esfera de atuação, definir ações concretas para que a inovação seja uma realidade e proporcione desenvolvimento social e econômico ao Brasil.
A Suíça é conhecida por seu sistema educacional de alta qualidade, que oferece um amplo espectro de oportunidades de aprendizado e desenvolvimento. Desde o ensino básico até o ensino superior, o país prioriza a formação de uma mão de obra altamente qualificada. Além disso, a prática de upskilling (atualização de habilidades) é valorizada e incentivada, com programas de treinamento e desenvolvimento oferecidos por empresas e instituições educacionais. Isso garante que os profissionais estejam sempre atualizados com as últimas tendências e tecnologias, impulsionando a inovação em todos os setores.
A Suíça destaca-se por seus significativos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O país abriga algumas das universidades mais renomadas do mundo, como o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich) e a Universidade de Zurique, que são líderes em pesquisa e inovação. Além disso, empresas suíças investem pesadamente em P&D, especialmente nos setores farmacêutico, tecnológico e de ciências da vida. Esses investimentos impulsionam a criação de novas tecnologias, produtos e serviços inovadores.
A Suíça possui diversos hubs de inovação que impulsionam o ecossistema empreendedor do país. Zurique, Genebra e Lausanne são conhecidos como centros de inovação, abrigando uma concentração de startups, incubadoras, centros de pesquisa e parques tecnológicos. Por exemplo, o “Crypto Valley” em Zug é um dos principais polos de tecnologia blockchain do mundo, enquanto o “Health Valley” em Lausanne é um centro de excelência em biotecnologia e ciências da vida. Esses hubs oferecem um ambiente propício para a colaboração, troca de conhecimento e networking, promovendo a inovação em toda a Suíça.
Destaca-se igualmente os Parques de Inovação, como o localizado em Biel/Bienne, que conectam universidades e empresas, trazendo resultados da inovação para a vida das pessoas.
Uma cultura de inovação e empreendedorismo é uma característica marcante da Suíça. Os suíços valorizam a criatividade, o pensamento crítico e a busca por soluções inovadoras. A tolerância ao risco e a aceitação do fracasso como parte do processo de aprendizado incentivam os empreendedores a perseguirem suas ideias inovadoras. Além disso, o país possui uma longa tradição de inovação em diversos setores, desde a indústria relojoeira até a tecnologia financeira. Essa cultura de inovação permeia todas as esferas da sociedade suíça, impulsionando o crescimento econômico e a competitividade global.
Conheça mais sobre Cultura da Inovação: 4 Pilares para Resultados
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